terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Pérolas da dona Zoca - parte 3

Já sabem né, que quando dona Zoca vem visitar sempre sai post no blog. Hoje quase tive um ataque de riso no carro. Estávamos falando sobre perfume; qual é bom, qual é ruim, que tal pessoa passa muito, etc. E dona Zoca sempre tão pertinente:

- Sabe quem que tem uma alergia terríiiiiivel de perfume?
- Quem?
- O Silvio.
- Que Sílvio?
- O Sílvio Santos, ora.

ÓBEVIO.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Velhos amigos

Quem conhece o marido sabe que ele só tem pose de durão. Sem querer fazer propaganda, mas ele é super  simpático, seja com amigos de longa data, seja com alguém que ele acabou de conhecer. Justamente por isso, ele é marcante na vida das pessoas com quem convive, mas nem sempre a recíproca é verdadeira. Perdi a conta de quantas vezes alguém já veio cumprimentá-lo e ele não tinha a mínima idéia de quem era. Isso acontece muito. E é sempre assim:

(Chega a pessoa animadaça) - Faaaaala Thiagãaaaaao, quanto tempo, como vc tá cara?

(e ele responde na mesma animação) - Nooooossa mano, como vc tá, faz tempo mesmo!!

(e eu pergunto) - Quem era esse?

(e ele SEMPRE responde) - Não tenho a mínima idéia.

Daí que estávamos caminhando no ibirapuera e um cara passou correndo e gritando - E AI THIAGÃAAAO - e ele respondeu já olhando pra trás - E AI CAAAARA. Eu eu como sempre perguntei quem era e ele como sempre respondeu que não tinha idéia. Ficamos tentando descobrir de onde era a pessoa quando de repente o cara surge correndo por trás da gente pra conversar. E o que seguiu foi essa conversa de louco:

- E aí Thiagão, como você tá cara?
- Tudo bem mano e você?
(daí ele resolve me apresentar)
- Mano, essa é a minha mulher que não tem nome né poha ai que ódio
(reparem que ele ainda não sabia quem era)
- Oi, prazer, tudo bem?
(e não se apresentou!! O marido já tava com uma carinha de desespero)
- Oi tudo bem? Eu tenho nome sou a Paula.
- Genézio (tá gentê, não é Genézio, mas não lembro mais o nome do cara).
(respiramos aliviados, pelo menos o nome já matamos; mas a conversa segue)
- E aí Thiagão, como tá o trampo, tá onde?
- Tô na IBM. E você Genésio, ainda tá lá?
(LÁ AONDE???)
- Então meu, saí fazem uns dois anos e voltei agora.
(PRA ONDE???)
- Sério mano? E o pessoal lá, mudou muita gente?
(ONDE ONDE ONDE)
- Ah, mudou bastante coisa lá na *whatever*.

Daí o marido respirou aliviado e a conversa ficou mais normal.
É isso que dá ser tão simpático e lindo e fofucho. É muito amor gente.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Era uma vez na Bahia

Hoje eu vi algumas fotos da festa do senhor do Bonfim em Salvador e me lembrei saudosamente do dia em que 3 amigos (eu inclusa) tiveram a infeliz idéia de trocar a praia do flamengo pela caminhada até a igreja do Bonfim.

Era um lindo verão no ano de 2006 e né, vamos participar dessa linda tradição do nosso povo. Ver a lavagem das escadarias, tomar um banho de água de cheiro, amarrar uma fitinha do bonfim nos portões da igreja. Tá.

Por motivos óbvios, não dava pra chegar de carro no local. Ah, vamos caminhando, se for muito longe a gente volta! Dito isso, eu que não queria ser a estraga prazer da história, topei. Estacionamos no porto (NO PORTO) e fomos a pé (A PÉ) até a igreja do Bonfim. Sabe o que são 10km andando a passo de tartaruga debaixo de um sol de 180 graus com 7564221 pessoas lindas e suadas e cheirosas te roçando? Não queira descobrir.

Éramos eu, o japa (meu amigo de meio metro) e o Brito (meu amigo da terceira idade). Como a gente ia só ver como era a parada, eu nem passei meu filtro solar, tive que cruzar a multidão pra comprar um na farmácia. O filtro só não deu conta, paramos pra comprar um chapéu e foi aí que a gente se perdeu do japa...

* vou fazer uma pausa pra dizer que japonês em salvador é raro que nem branquelo no senegal, por isso nosso japonês foi assediado pela multidão por várias vezes. As pessoas apontavam de longe sem acreditar que estavam vendo ao vivo uma pessoas de olhos puxados ( e meio metro de altura) *

...dito isso não sei se ele foi sequestrado nesse meio tempo ou se ficou dando autógrafos, mas enfim, nos encontramos novamente no meio do caminho. Depois de um sufoco danado e um banho de mangueira que nem sei de onde veio, chegamos à igreja. As escadarias já estavam lavadas, as poucas baianas que restavam tavam só o pó da rabiola e nem tinha mais água de cheiro. E ainda tinha a volta. Sede, muita sede. Parei pra comprar uma água no caminho. Paguei com 10 reais. Tinha troco. Troco que o baiano tirou DE DENTRO DA CUECA. Ficamos disputando quem pegaria o troco, afinal o dinheiro não era meu, mas não teve jeito. Dinheiro molhado. De suor. Do saco do negão do bonfim mano.

É sorte pro resto da vida gente.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Pele de cordeiro


Que coisinha mais fofa né? Mas não se engane caro leitor. Essa linda bolinha de pelos rasgou meu vestido que estava no varal, comeu minha árvore da felicidade e abriu a torneira da banheira (enquanto estávamos de férias). 

...mas tem como não amar?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

expressões em família

Minha família é toda trabalhada nos ditados e dialetos - em espanhol, por supuesto. Minhas tias e primos se matam de rir do marido que fica com cara de interrogação sempre que elas começam de conversinhas de lado e expressões ligeiras na outra língua, coisas que elas fazem há anos, desde que eu consigo me lembrar.

Tem uma expressão pra quando elas vão sair e não querem contar pra onde:

- Onde vocês vão?
E elas respondem pimponas:
- A contralofrailen.

Tá gente, eu escrevi igual como eu entendia quando era criança haha. O que elas falam mesmo é "voy a contar los frailes". Que por sua vez é uma forma curta de "voy a contar los frailes a ver se falta alguno". Que quer dizer "vou contar os frades pra ver se falta algum".
Ou seja, não pergunte onde vamos porque não te interessa seu pirralho.

Tem uma expressão pra quando você quer fazer algo e não pode porque não chegou sua hora, tipo na vida sabe? Como quando vc é criança e quer ficar na rua até 11 da noite.
"Cuando seas padre, comerás huevos." Traduzindo: quando for padre comerá ovos.
Ou seja, não enche o saco que vc não tem idade pra isso seu pirralho.

Fora as frases de efeito moral, que é dita quando a paciência já tá curta (mas as pequenas se acostumaram tanto que minha tia começa a frase e elas terminam em coro, muito fofas).
- Niña, ta te quieta.
- Se no vás a comer, no toques.
- Leche frita com tomate!

E por aí vai. Joguei algumas frases no google pra ver se tava escrevendo certo e achei este site sobre algumas expressões espanholas. A dos ovos tava lá. Interessante.