Como inaugurei este blogue alguns meses depois de me casar, acho que nunca contei pra vcs nada sobre o dia do meu casamento né? Pois foi um dia diferente
polêmico na vida de muitas pessoas, não só na nossa.
Meu casamento não foi nada tradicional. Se já fomos
desconjurados criticados por não casar na igreja, imagina por casar num restaurante Mongol. Sim, colegas, isso mesmo. A decoração do salão era composta por muitas flores, velas, estátuas, um gongo, garrafas e retratos do lindo (sic!) povo mongol. O grande chamativo era a chapa gigante no meio do salão. Porque lá é assim, as comidas cruas ficam expostas no buffet. Você vai enchendo sua cumbuquinha de ingredientes e temperos e joga tudo na chapa pra cozinhar. É muito muito muito bom, mas chocou algumas pessoas.
Entrei no salão ao som do tema do De volta para o Futuro. Hell yeah! Foi emocionante e super combinou. Só não combinou com a velocidade com a qual meu pai me conduziu; ele tava quase parando e não chegou nem perto das 88 milhas por hora. O padre que nos casou estava com a manga da batina super grande, que quase pegou fogo na vela (no vídeo dá pra perceber que conforme o padre estica o braço com o microfone eu fico de olho na manga pra ver se não pega fogo haha). Velas que o fotógrafo derrubou no chão e meu pai saiu chutando no meio da cerimônia, enquanto cumprimentávamos os padrinhos. É um cara discreto meu pai.
A partir daí eu me lembro de tudo em flashes...eu não me recordo de ficar bêbada, mas de fato não apareci uma vez sequer depois do sim sem a tacinha de pró seco na mão. Vai saber. Enfim. A maioria das pessoas com potencial pra encher a lata no dia do meu casamento de fato encheu. Mas só uma pessoa passou mal de desmaiar. E essa pessoa, colegas, foi minha mãe. Diz ela que bebeu apenas uma tacinha. Mas acho difícil de acreditar depois de ver uma distinta senhora de 50 anos sair carregada do salão pelo próprio filho caçula.
Outros highlights da festa: quem pegou o buquê foi uma "convidada" que foi de bicão (e levou mais 3 amigas pra fazer uma boquinha). Imaginem minha felicidade. Descobri nesse dia que shot de tequila dispara minha enxaqueca. Sorte que levei meu remedinho no sutiã e ela não progrediu. Fiz um bolo que sumiu. E o bolo do buffet também não foi servido. Não tive noite de nupcias; dormi na sala da casa da minha mãe com minha cunhada, o Bruno e meu marido, depois de remover da cabeça dela 4.356 grampos. Fui pra Buenos Aires algumas horas depois sem me despedir da mamãe, que ainda estava de ressaca no quarto. Por muito tempo ela achou que tinha arruinado o dia do meu casamento. Mal sabe ela que dei e ainda dou (aliás todo mundo dá) muita risada da veleeeenha chapando o côco.
Foi um dia muito feliz.