sábado, 19 de maio de 2012

Livro

No último Natal dei de presente pro marido o novo livro do Stephen King. Um livro enorme, de quase mil páginas, ainda em inglês (o a tradução deve sair só ano que vem). O assunto, dessa vez, viagem no tempo. Irresistível, né?

O título é 22/11/63. A história, de um professor que encontra um portal que o transporta diretamente para o passado, 5 anos antes do dia do assassinato do presidente Kennedy, data que intitula o livro. Com a possibilidade de mudar o passado em suas mãos, e levando em conta todas as consequências ruins da morte do presidente, ele tenta impedir o assassino. 

E aí a história vai que vai. Não sei se você sabe, mas o Stephen King faz uma coisa fantástica e que deixa os fãs arrepiados; ele entrelaça as histórias de livros diferentes. Principalmente quando se trata de Derry, a cidade que ele inventou. Quando personagens de histórias diferentes convivem então, é incrível. 

O assassinato do presidente é um fato que chocou o mundo inteiro, principalmente por ter sido filmado. As descrições que ele faz da época, do assassino, Lee Harvey Oswald, de sua família, do local onde tudo aconteceu, é incrível. 

Terminei o livro ontem, depois de quase 4 meses. Fiquei triste porque acabou. Diferente de suas outras histórias, esse não é um livro assustador. Mas é sem dúvida o melhor que eu já li. Recomendo fortemente, e nem preciso dizer que foi um presente de sucesso.




quinta-feira, 12 de abril de 2012

Minhas (mini) férias

Tudo começou 6 meses atrás com a venda dos ingressos pro show do Foo Fighters no Lollapalooza aqui em São Paulo. O ingresso tava tão caro que arregamos na hora de fechar a compra, e num impulso, no meio da madrugada (e com incentivo do Felipe) acabamos comprando os ingressos pra assistir ao show lá na Argentina  (que custaram 1/3 do preço daqui).

Daí os meses passaram voando e lá fomos nós pra Buenos Aires com Felipe e Chaqueline ver Dave Grohl ao vivo. 

Fomos ao estádio do River retirar o ingresso pra quarta e acabamos comprando, por inacreditáveis 90 reais (NOVENTA REAIS PORRA) ingresso pra terça também. Magina, 2 dias de Foo Fighters, que foda. E esse show de terça foi muito bom. Mas o de quarta, esse sim foi memorável (ou um desastre, como disse o próprio Dave). 

A previsão do tempo do iphone indicava trovoada esparsa, mas quem tem iphone sabe que essa previsão é meio furada, então né, nem confiei. Fomos todos ao estádio sem casaco e sem capa de chuva. Chegamos meio cedo e ficamos panguando por lá batendo papo. O tempo começa a fechar, algumas nuvens se formando, nada de mais. Assim que o Artic Monkeys pisou no palco desabou uma chuva, mas uma chuva meu amigo que você não acredita. Daquelas que não dá pra abrir o olho, sabe? O vento vinha em golpes, e frio gente, que frio que fazia. Quando estávamos começando a ficar deprimidos de tanto frio e chuva, uns argentinos malucos (e todos são malucos, fato) arrumaram um saco plástico (aberto de um dos lados) improvisando um abrigo que acolheu a gente. Quando já não tinha mais espaço, olhamos pro lado e outros argentinos malucos arrumaram uma puta lona enorme que emendou com a nossa tendinha de saco plástico e abrigou cerca de 457 almas ensopadas. Daí passou o frio e começamos a sorrir de novo entoando tradicional cantiga porteña cujo refrão, título e verso era "la concha de tu madre". Uma bela canção. 

*como esse é um blog de família não vou traduzir o nome da canção, mas concha nesse caso significa em português uma palavra que rima com bochecha* 

(parênteses para informar que a chuva que caiu por quase uma hora e meia foi uma das maiores tempestades dos últimos tempos na cidade, quase um tornado)

Tanta água que um pedaço do palco caiu e um monte de luzes não funcionaram. Mas a chuva parou, e Foo Fighters começou a tocar. E daí passou o frio e foi só alegria. Ficamos praticamente sem fôlego por quase 3 horas. 

E eu tento e tento descrever a sensação de estar lá, naquele momento. E não vou conseguir. Nunca vou conseguir explicar pra vocês o que é estar a alguns metros de um grande ídolo. O que é cantar junto com ele a música que você já cantou um milhão de vezes gritando no seu carro numa segunda feira de manhã qualquer. É uma emoção que não cabe no peito, e sinceramente, acho que só o rock desperta. 

Vou terminar o post com um discurso do Dave, que foi mais ou menos assim (é o que lembro de cabeça).

"Antes de vir pra cá nos avisaram que estava chovendo. MUITO. Que o palco não ia aguentar, que uma parte já havia caído e as luzes não funcionariam, que a noite seria desastrosa. Mas que se dane, pedimos que as luzes do estádio ficassem acesas, e quer saber, que bom, porque agora posso ver cada um de vocês. Fico contente que a noite tenha sido um desastre. Muitas vezes, quando as coisas dão errado elas se tornam memoráveis. E acabam sendo as melhores. E o show dessa noite é um exemplo."

Eu assino embaixo.



quarta-feira, 21 de março de 2012

14

Outro dia estava conversando com o marido sobre viagem no tempo (sim somos nerds e falamos sobre essa possibilidade). Se pudéssemos voltar para 1998 e conversar com nós mesmos...o que será que a gente diria?

Ele avisaria o Thiago de 98 pra investir em ações pra ficar rico (alguém aí esperaria algo diferente de um homem? eu não fiquei surpresa)

Eu poderia contar um milhão de coisas pra ela.

Paula de 98, você vai trocar de faculdade 2 vezes. Vai morar um tempão em Brasília. Vai ficar noiva por 10 (DEZ) anos. Vai emagrecer e engordar vários quilos. Vai trabalhar num hotel. Vai virar confeiteira. Vai abrir uma loja de cupcakes.

Mas acho que eu diria só uma coisa.

Esse magrelinho de cabelo raspado e camiseta larga vai te fazer feliz como ninguém no mundo. E todo o resto se arruma.

Te amo marido.







quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

a barata e a sensibilidade masculina

Hoje a loja fez 1 ano. Nossa, como passou rápido. Meu tempo voou e meu bloguinho ficou de lado.

Sabe que as coisas vão acontecendo e eu penso, nossa, não posso esquecer de escrever sobre isso. Daí o tempo passa por cima de mim, o sono chega e o momento já era. E assim vai.

Enfim.

Uma das piores coisas de se morar em casa são as baratas. No calor ainda, um inferno. Ainda bem que a maioria das que eu encontro já estão desmembradas, agonizando no chão por conta da tortura felina. Mas tem as que voam. Porque o criador pensou, hm, o que pode ser pior que uma barata? Pimba, uma barata que voa. E assim surgiu a barata voadora. 

Numa bela noite eu subi  pra dormir carregando uma pilha enorme de roupa que ia até meu queixo. O marido já jazia inerte em seu lado da cama. Conforme eu coloquei a pilha de roupa na cômoda escutei aquele barulho maldito de asinhas batendo. Como uma ginasta campeã olímpica em apenas um salto caí na cama por cima do marido, que acordou daquele jeito tão carinhoso:

- QUE QUE FOI MULHER!

Um pouco apavorada expliquei que tinha um bicho voador no quarto que parecia ser uma barata.

- Pode levantar e matar essa porra barata. 
- Mas onde que tá?

Asas batendo loucamente. Eu já estava no corredor dando instruções.

- Tá atrás da cômoda, tira ela de lá.
- Deixa ela lá, não vai dar pra tirar. Eu já tava dormindo.
- NINGUÉM DORME se você não matar essa porra barata.

*suspiro bem audível de resignação masculina* (ah, aquele suspiro que você conhece tão bem minha amiga)

Cutuca de cá e de lá, achou e matou a barata com o chinelo. Pronto. Na cama:

- Credo marido, será que eu que trouxe a barata pra cima junto com a pilha de roupa *mini xilique*
- Será?
* ruídos de nojo* 
- Para com isso que a barata não veio na roupa não mulher.
- Como você sabe?
- Eu já tava escutando ela voando pelo quarto, só tava com preguiça de levantar.

Ah, a sensibilidade masculina. 


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

sobre o ano novo

Eu não sou uma pessoa que faz listas de resoluções pro ano novo, apenas tenho sempre a esperança de que tudo que está ruim vai ficar bom, e o que está bom vai ficar melhor. Mas uma coisa que me incomoda demais na minha personalidade é julgar constantemente as pessoas em relação à tudo, aparência, jeito de se vestir, música que ouve, atitudes.

Se eu julgasse em silêncio tudo bem. Mas eu não consigo, e sempre acabo falando alguma coisa pra alguém. Tem um monte de gente que entra na minha, porque também julga os outros, mas conheço várias pessoas que se incomodam com isso e me dão bronca.

E eles estão certos, os que dão bronca. E eu admiro muito o fato de eles não julgarem ninguém precipitadamente, o que faz deles pessoas melhores. Mais receptivas, menos ranhetas. Mais toleráveis, menos estressados.

Porque cada um tem sua vida e vive como achar melhor.

Essa é minha resolução pra 2012 e pra toda a vida.