quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Era uma vez na Bahia

Hoje eu vi algumas fotos da festa do senhor do Bonfim em Salvador e me lembrei saudosamente do dia em que 3 amigos (eu inclusa) tiveram a infeliz idéia de trocar a praia do flamengo pela caminhada até a igreja do Bonfim.

Era um lindo verão no ano de 2006 e né, vamos participar dessa linda tradição do nosso povo. Ver a lavagem das escadarias, tomar um banho de água de cheiro, amarrar uma fitinha do bonfim nos portões da igreja. Tá.

Por motivos óbvios, não dava pra chegar de carro no local. Ah, vamos caminhando, se for muito longe a gente volta! Dito isso, eu que não queria ser a estraga prazer da história, topei. Estacionamos no porto (NO PORTO) e fomos a pé (A PÉ) até a igreja do Bonfim. Sabe o que são 10km andando a passo de tartaruga debaixo de um sol de 180 graus com 7564221 pessoas lindas e suadas e cheirosas te roçando? Não queira descobrir.

Éramos eu, o japa (meu amigo de meio metro) e o Brito (meu amigo da terceira idade). Como a gente ia só ver como era a parada, eu nem passei meu filtro solar, tive que cruzar a multidão pra comprar um na farmácia. O filtro só não deu conta, paramos pra comprar um chapéu e foi aí que a gente se perdeu do japa...

* vou fazer uma pausa pra dizer que japonês em salvador é raro que nem branquelo no senegal, por isso nosso japonês foi assediado pela multidão por várias vezes. As pessoas apontavam de longe sem acreditar que estavam vendo ao vivo uma pessoas de olhos puxados ( e meio metro de altura) *

...dito isso não sei se ele foi sequestrado nesse meio tempo ou se ficou dando autógrafos, mas enfim, nos encontramos novamente no meio do caminho. Depois de um sufoco danado e um banho de mangueira que nem sei de onde veio, chegamos à igreja. As escadarias já estavam lavadas, as poucas baianas que restavam tavam só o pó da rabiola e nem tinha mais água de cheiro. E ainda tinha a volta. Sede, muita sede. Parei pra comprar uma água no caminho. Paguei com 10 reais. Tinha troco. Troco que o baiano tirou DE DENTRO DA CUECA. Ficamos disputando quem pegaria o troco, afinal o dinheiro não era meu, mas não teve jeito. Dinheiro molhado. De suor. Do saco do negão do bonfim mano.

É sorte pro resto da vida gente.

2 comentários:

Izabela disse...

HAHAHAHA...óteeeemo!
Ressalva...meio metro não né...1 e meio!! Qto a terceira idade do seu outro amigo..aí eu concordo!

Lijoka disse...

huahuahua... mijei de rir! Já tinha ouvido a história, mas adorei o flash back. Sardades docês. Bjones