Ainda bem que hoje a gente ri disso tudo. Senta que lá vem história.
Era véspera de reveillon. E, como de costume, fomos para o Guarujá com todos os outros moradores de São Paulo. Resultado: trânsito, muito trânsito. Tudo parado desde a praça de pedágio da imigrantes. Naquela época nosso carro era um fiat uno que foi pra revisão um dia antes da viagem. Carro zerado, pegamos a estrada. Daí o fiatzera morre no meio daquela galera. Pane geral, nem a buzina funcionava.
Saímos eu, Thiago, Luís e mamãe, todos debaixo de um sol de 95 graus pra empurrar o carro pro acostamento. Como naquela época só os ricos tinham celular, a velenha teve que voltar andando até o pedágio pra ligar pro guincho. Papo vai, papo vem o guincho chega e para junto ao carro. Não sei o nome do motorista, por isso vou chamá-lo
O trânsito estava pior. O Zé Ruela, claro, foi pelo acostamento pra pegar o retorno esse espertão. Só que o acostamento tinha um recuo. Ele insistiu e foi com as duas rodas direitas no mato. Verão = muita chuva. Muita chuva = terra molhada. A mula atolou as duas rodas no acostamento. E ficava lá acelerando. E o guincho foi inclinando de um jeito que vcs não acreditam. Minha mãe e o luis no fiat vendo a cena de camarote tentavam buzinar mas o barulho não saia. Até que a polícia rodoviária resolveu intervir (fico imaginando por quanto tempo eles assistiram a cena, gargalhando) pedindo pro Zé Ruela parar de acelerar e sair do guincho imediatamente porque estava ficando muito perigoso. Todos na estrada parados em seus veículos assistindo embasbacados uma família fazendo rally de guincho. Bom, a solução foi chamar outro guincho pra guinchar o guincho com o fiatzera sobre ele. Basta dizer que
Foi a primeira vez que eu levei o Thi para a praia, foi a apresentação dele pra família. No dia 31 de tarde o coitado começa a passar muito, mas muito mal. Ele que nem bebia nessa época. A virada de 1999 para 2000 ele passou na cama gorfando amparado por mim e minhas tias e nem viu os fogos. Foi terrível.
Você pensa que acabou? Não. Dois dias depois caiu a maior tempestade de verão da história sobre o Guarujá. O prédio fica entre a praia e o córrego. O córrego encheu e alagou tudo em volta do prédio. E alagou a garagem também, com todos os carros dentro. Todo mundo desceu pra ajudar, inclusive o Thiago, ainda se recuperando da virose, com água de córrego nos joelhos.
Tá?
2 comentários:
Esse rapaz te ama.....
Meo Dêos!!! Que estória!!! Mas depois tudo ficou bem, não é?
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