terça-feira, 27 de dezembro de 2011

sobre nosso natal

Daí que como todo ano, comemoramos o Natal na minha casa. Esse ano a turma aumentou um pouco, 17 pessoas na noite do dia 24 e 18 pessoas no dia 25. Tive que emprestar cadeiras da vizinha e usei até o último dos talheres (alguém teve que comer com garfo de sobremesa), mas foi tudo bem. A quantidade de comida era suficiente pra alimentar a população de toda uma cidade, por isso durou até o almoço de hoje. O salmão virou bolinho de bacalhau (só que de salmão), salada de macarrão e o pernil virou bolinho caipira.

Dona Zoca deu o ar da graça. Geint, minha avó não existe. Ela tem, entre muitas manias extremamente irritantes, a mania de CUTUCAR as coisas. Comidas, tecidos, objetos, animais de estimação. Virou sua marca registrada. Ela vai só com a pontinha do dedo (tipo o E.T. saca?), sorrateira, e cutuuuuuuuuca.

Meu pai levou salmão pra ceia, embrulhadinho em papel alumínio, pronto pra ir pro forno. Assim que ele colocou a assadeira na pia, ela já veio com o dedo em riste. E eu avisei, vó, não vai mexer que se essa porra rasga meu pai vai ter um xilique. "Ai mas eu só estava olhando". AHAM. Dali um tempo a assadeira pronta pra ir pro forno, a gente bobeou, ela cutucou.

E claro que rasgou o papel alumínio.

Nem preciso comentar que a briga entre os dois levou o mesmo tempo que o peixe levou para nascer, nadar correnteza acima, ser pescado, morrer, ser temperado AND cutucado pela dona zoca.

Outra coisa: dona zoca não entende ironia. Não entende, não adianta. Inocência, talvez. Enfim, lá pelas tantas alguém abordou o agradável assunto ~bicho de pé~ no meio da ceia de Natal. E né, nem preciso explicar que o bicho de pé virou BICHO DE PÉ, se é que vocês me entendem. Ela não entendeu. E acho que ainda está pensando porque todo mundo riu tanto enquanto ela falava:

"Eu já peguei bicho de pé várias vezes" ou "pro bicho de pé sair tem que cutucar a cabecinha" ou "tem gente no interior que faz força pra pegar o bicho de pé porque faz uma coceguinha gostosa".

Feliz Natal geint!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Intruso da madrugada

Tivemos uma madrugada agitada eu e o marido! Não, não dessa forma que você está pensando.

Lá pelas 2 da manhã comecei a ouvir um miadinho estranho * sim geint, os gatos tem miados diferentes um dos outros*. Achei que uma das 3 tava engasgada com uma bola de pelo, sei lá, dormi de novo. Dali a pouco de novo lá embaixo. Dormi. Aí quando o miado foi no corredor eu já dei uma chamada e estalei os dedos.

Só ouvi as unhas raspando no piso e aqueles barulhos que só os gatos sabem fazer FIIIIIIHHHTZZZZZ algo assim. Pensei né, caceta, quis gato tonto de se assustar com estalar de dedos devem estar fazendo merda. Dormi de novo.

Miados estranhos mais uma vez, que saco. Sem levantar da cama vasculhei o quarto com meu sabre de luz a luz do celular e vi a Léia e a Luka. Lola, gata dos inferno também conhecida como filha do mefisto deve estar morrendo ou coisa assim pra perturbar tanto de madrugada, não é possível. Levantei.

Entrei no closet e a Luka farejando tudo. Já pensei que era uma fucking barata, mas como ela desencanou, deixei pra lá. Corredor, escada, sala, cozinha, nada. Silêncio. Saí no quintal e no topo da escada do quartinho vi o rabo do gato. Porra Lola que saco vem aqui e p FIIIIIHHHHHHHTZZZZZZZ FITZ FIHTZZZZ

Eu que ainda tava meio dormindo nem conseguia pensar direito porque catso minha gata tava possuída.

MAS ERA UM GATO DE RUA GEINT

Passou voando por mim e juro, nunca vi um gato tão estressado na minha vida. Foi pra sala procurando saída. Daí eu corri pro corredor e comecei a chamar o marido antes que o gato resolvesse subir. Gritei muitas vezes e o puto não acordou (se fosse um ladrão era eu que tinha que sair no braço com ele). Enfim, claro que o gato correu escada acima. Fui pro quarto correndo e gritei pelo marido que levantou mais assustado que o próprio gato:

- Que que foi que aconteceu mulher? *sim, ele fala assim comigo, triste*
- Entrou um gato aqui que não é nosso, me ajuda a procurar!

Demorou alguns segundos pra ele passar os olhos pelo quarto e exclamar:

- Tem um preto aqui!!!
- *risos eternos* O preto é NOSSO poha! Procura o gato que não é nosso.

Bom, o gato tava no quarto do meio pulando. nas. paredes. Nunca vi isso...o gato tava com muito medo, e eu mais ainda. Ele veio na minha direção e eu astutamente desviei do caminho e ele desceu de novo.

Voltou pro quintal, menos mal. O marido abriu a janela do quartinho e apagou a luz  pra ele sair por lá. E a Lola ainda não tinha aparecido. Por um momento achei que ela tinha feito intercâmbio com o gato mas depois encontrei ela no cantinho entre minha cama e a parede se borrando de medo judiação.



segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O show

Eu tenho que fazer outro post sobre o assunto. Pra não me esquecer de como foi bom esse dia. Quatro de novembro de dois mil e onze. De acordo com uma resenha fantástica que li por aí, o show em que desejamos que o tempo passasse mais devagar. O dia em quem ficamos sem fôlego, de tão empolgados. Onde marmanjos (eu inclusa) se abraçam e choram e cantam e pulam loucamente por duas horas seguidas. O dia em que milhares de estranhos estão na mesma sintonia. O dia em que ignorei uma dor de garganta quase insuportável pra cantar e gritar.

Pra não esquecer nunca mais dessa fofura aqui debaixo e seus sorrisos, sua música e sua voz única.


Pearl Jam <3 <3 <3

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

tortura voluntária

Ontem teve show do Pearl Jam.

Daí rola aquela delícia que é se programar pra enfrentar a zona que é show em estádio nessa cidade. De carro você pega trânsito. Se pára na rua tem que pagar 451 mil reais pro flanelinha não te estourar o carro. Se pára no estacionamento tem que pagar 452 milhões de reais pra espremerem seu carro num espaço de 1 metro quadrado. Se vai de táxi você pega trânsito e na volta se fode porque os taxistas cobram taxa fixa de 453 trilhões de reais não importa pra onde você vai. Se vai de ônibus você pega trânsito e na volta se espreme com 784 pessoas suadinhas e bêbadas. Chegando no estádio você tem que procurar o portão de acordo com seu ingresso. Você tromba em 7 pessoas por segundo, dispensa 477 cambistas, tropeça em 236 isopores de cerveja e diz não pra 784 vendedores de capa de chuva. Você acha o portão certo mas tem que andar 1km a mais pra entrar no cercadinho mesmo que não tenha nenhuma fila. Você é apalpado revistado pela polícia. Você finalmente entra no estádio pra esperar 2 horas sentado no chão sob um frio congelante.

Tá tudo errado. E você paga caro por isso. Mas você faz de novo e de novo e de novo.



Porque estar lá, naquele momento, vale cada segundo de nervoso, e cada centavo gasto num ingresso superfaturado.

Meu companheiro de aventuras

E HOJE TEM MAIS!!





















sexta-feira, 7 de outubro de 2011

homens

Daí que ontem dei ré num poste amiguinhos. O danado tava no meu ponto cego e eu ouvi só o barulho. E amassou o coitado do fiestinha.

Mandei um torpedo pra avisar o marido (que tava na França ainda) mas confesso que a primeira coisa que me passou pela cabeça foi contar pra ele seguindo o conselho da Hope



; )

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Daí que depois de mais de 20 anos meu irmão descobriu que não é mais alérgico a peixes e frutos do mar.

Acho isso uma desfeita, depois de tanta lasanha que a velenha teve que fazer pra acompanhar paellas e bacalhoadas, coitada.

Fora que agora já era as piadinhas sobre engasgos e morte imediata diante de um singelo patê de atum. Sugestões de pizza de aliche e pastel de camarão não farão mais sentido.

hunf.

Agora só posso fazer chacota sobre ele ser feinho adotado.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sorte

A vida, essa danada.



O ano de 2010 me aconteceu tão devagar que eu de fato, parei. Foi um ano de muitos planos, mas poucas mudanças. Já esse ano colegas, quanta diferença!

Tanta coisa boa já me aconteceu nesses 9 meses, pessoal e profissionalmente. Quem diria, euzinha aqui, modestamente fazendo meus cupcakes e bolos decorados, indo parar na Vejinha! Claro que eu já imaginei isso acontecendo, um milhão de vezes. Mas engraçado como nossa cabeça funciona. Eu imaginei que SE isso um dia acontecesse eu seria uma mega empresária de 45 anos andando de terninho administrando uma cozinha do tamanho do mundo com 45 funcionários ganhando rios de dinheiro.

Mas eu ainda sou eu, a de sempre. 30 anos, calça jeans, tênis e camiseta starwars. Administro uma loja com uma cozinha menor que a da minha casa e trabalho com minha família. E claro, não ganho rios de dinheiro.

Como eu vim parar aqui? Por muitas razões, claro. Muito esforço pessoal. Mas acima de tudo tudo tudo, por estar cercada de pessoas especiais. Amigos antigos, amigos novos e minha querida família.

Obrigada, obrigada, obrigada.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

TEMÇO

Sabe quando sua mãe fala pra nunca nunca brincar no elevador senão ele cai no poço? Poizé. A profecia se concretizou ontem no Ed. Ely.
Eu e o marido estávamos indo embora da casa da velenha e começamos a brincar de empurrar dentro do elevador (e quem nunca né?). Eis que depois de um tranquinho o elevador despencou e foi direto pro poço. Gostaria de dizer para efeito de emoção que caímos de uma altura de 8 andares, mas deve ter sido no máximo, hm, uns 2 metrinhos. Mesmo assim tomamos um susto. O marido começou a rir da minha cara (de nervoso com certeza) e eu como pessoa controlada que sou tomei o controle da situação tocando o alarme loucamente.

Daí que eu te pergunto caro colega: se você escuta o alarme do elevador tocando insistentemente você grita pra quem tá lá dentro:

a) FIQUE CALMO!
b) JÁ VOU CHAMAR O PORTEIRO!
c) ...QUEM É?

E meus amigos, por incrível que pareça, as duas pessoas que ouviram o alarme perguntaram a mesma coisa (uma delas minha mãe). QUEM É? Poha mas como assim quem é? Dependendo de quem for não vai chamar  socorro? afe. Enfim.

Aposto que assim que minha mãe me ouviu respondendo ela já imaginou uma tragédia. Membros decepados, sangue, explosões, morte.Em 2 milisegundos ela estava no subsolo com o porteiro. E a porta do elevador travou e só abriu meio palmo com muita insistência. Ainda bem que eu e o marido somos magrinhos e passamos com folga pela brecha, ufa. Assim que eu saí do elevador minha mãe me abraçou AND me bateu ao mesmo tempo como se eu tivesse voltado da morte.

Encerro esse post esclarecendo pros moradores do Ely que sim, eu e o marido passamos bem depois do susto APESAR do infortúnio do elevador quebrado e de metade do prédio ter que subir e descer de escada. DE NADA por mantê-los saudáveis =)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Lembranças

No outro final de semana fomos na casa da tia Nó, que resgatou suas fotografias do armário. Já falei que adoro ver fotos das antigas né?
O mais legal é que uma foto não permite apenas lembrar da cena em si, mas também de outras coisas que marcaram aquele momento; cheiros, gostos, sons, traumas, alegrias, tristezas, mágoas.
Separei aqui 3 fotos em particular.

Essa foto foi tirada na casa da vovó Joana (de preto, no centro) no dia do casamento da tia Lúcia (do lado da minha vó, os noivos). Fiquei emocionada já de olhar o quadro, as luminárias, imagens que estavam guardadas no fundo do baú da minha memória, de quando eu era muito pequena. Mas o que foi bacana mesmo foi ouvir a tia Bete me contando que nesse dia ela não dormiu à noite. Emoção? Não. Ela levantou à noite pra ir no banheiro e tinha uma barata na porta do quarto. Ela passou a noite sentada na cama vigiando a porta no caso da barata entrar (tia Bé, eu super te entendo, tamo junto nessa luta).

Essa é a tia Norma com meu tio Tony, que morreu há muitos anos. Acho que foi na lua de mel, em São Vicente. Ela toda modelo, ele todo galã. Achei os dois lindos na foto. Mas o comentário da tia Norma foi sobre o prédio, que ficava pertinho da ponte Pencil. "Filha esse prédio não existe mais, desabou logo depois."


Essa também é a tia Norma, toda linda no vestido de baile. Ela mal lembrava desse dia, mas minha mãe não esquece que ficou chorando desesperada em casa porque queria ir no baile junto com as irmãs.

=)

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Bug do milênio

Vocês lembram dessa polêmica? Pois eu me lembro muito bem, porque esse catzo desse bug do milênio não causou nada nos computadores do mundo mas deu uma zuada boa na nossa vida no final de 1999.

Ainda bem que hoje a gente ri disso tudo. Senta que lá vem história.

Era véspera de reveillon. E, como de costume, fomos para o Guarujá com todos os outros moradores de São Paulo. Resultado: trânsito, muito trânsito. Tudo parado desde a praça de pedágio da imigrantes. Naquela época nosso carro era um fiat uno que foi pra revisão um dia antes da viagem. Carro zerado, pegamos a estrada. Daí o fiatzera morre no meio daquela galera. Pane geral, nem a buzina funcionava.

Saímos eu, Thiago, Luís e mamãe, todos debaixo de um sol de 95 graus pra empurrar o carro pro acostamento. Como naquela época só os ricos tinham celular, a velenha teve que voltar andando até o pedágio pra ligar pro guincho. Papo vai, papo vem o guincho chega e para junto ao carro. Não sei o nome do motorista, por isso vou chamá-lo carinhosamente de Zé Ruela. Zé Ruela começou a preparar tudo para guinchar o carro enquanto assistíamos logo atrás. Tudo pronto, ele começa a içar o carro pra caçamba. Foi nesse momento que minha vida toda passou diante de meus olhos. O gancho que prende o eixo do carro arrebentou e o fiatzera desceu rampa abaixo na nossa direção. O Thi num ato desesperado de amor me empurrou pro mato e ele, junto com meu irmão, seguraram o carro, que ia de ré em direção à pista, no muque meus colegas. Passado o susto, o Zé Ruela fez uma ceninha de revolta jogando o tal gancho que arrebentou no mato e fez todo o procedimento de novo. Tudo pronto pra voltar pra São Paulo. Eu e Thiago na boléia com o Zé e o Lu com a velenha dentro do fiatzera sobre o guincho.

O trânsito estava pior. O Zé Ruela, claro, foi pelo acostamento pra pegar o retorno esse espertão. Só que o acostamento tinha um recuo. Ele insistiu e foi com as duas rodas direitas no mato. Verão = muita chuva. Muita chuva = terra molhada. A mula atolou as duas rodas no acostamento. E ficava lá acelerando. E o guincho foi inclinando de um jeito que vcs não acreditam. Minha mãe e o luis no fiat vendo a cena de camarote tentavam buzinar mas o barulho não saia. Até que a polícia rodoviária resolveu intervir (fico imaginando por quanto tempo eles assistiram a cena, gargalhando) pedindo pro Zé Ruela parar de acelerar e sair do guincho imediatamente porque estava ficando muito perigoso. Todos na estrada parados em seus veículos assistindo embasbacados uma família fazendo rally de guincho. Bom, a solução foi chamar outro guincho pra guinchar o guincho com o fiatzera sobre ele. Basta dizer que não sei como não morremos ainda passamos um apuro voltando pra São Paulo com o Zé Ruela emputecido dirigindo loucamente. Mas nesse mesmo dia insistimos, pegamos o carro do Thi e fomos à tarde, com a estrada vazia.

Foi a primeira vez que eu levei o Thi para a praia, foi a apresentação dele pra família. No dia 31 de tarde o coitado começa a passar muito, mas muito mal. Ele que nem bebia nessa época. A virada de 1999 para 2000 ele passou na cama gorfando amparado por mim e minhas tias e nem viu os fogos. Foi terrível.

Você pensa que acabou? Não. Dois dias depois caiu a maior tempestade de verão da história sobre o Guarujá. O prédio fica entre a praia e o córrego. O córrego encheu e alagou tudo em volta do prédio. E alagou a garagem também, com todos os carros dentro. Todo mundo desceu pra ajudar, inclusive o Thiago, ainda se recuperando da virose, com água de córrego nos joelhos.

Tá?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

não falei nada

Você aí, não pense que estou com preguiça do meu bloguinho não. Estou é sem tempo. Vocês não tem idéia de quanta merda coisa passa pela minha cabeça. Eu fico tomando notas mentais pra lembrar de tudo e escrever aqui, mas sabe como é o cérebro, esse fanfarrão.

Eu bem ia escrever um post sobre a confusão entre expressões populares que meu digníssimo marido faz, mas ele não me autorizou. Eu bem podia dar uma de Zé do braço curto ou mula morta e fazer o post mesmo assim, mas não o farei. É muito amor por essa criatura, a menina dos meus olhos de ouro.

Te amo seu lindo.

Ah, nosso 4o aniversário de casamento tá chegando. O tempo passa rápido né? Queria poder fazer uma festa a cada aniversário, como todo mundo dançando junto, que lindo.

Um dia.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Boiando

*post sem acentos*

Eu amo ver fotos antigas. Seja de dois anos atras, seja de quando eu era crianca, seja de quando eu nem tinha nascido.

E minha familia ta numas de resgatar algumas fotos que estavam escondidas nos albuns antigos e postar no facebook. Eu me emociono sempre, acho foda poder rever quem ja se foi ou ver como minha mae e tias eram quando tinham a minha idade.

De todas as fotos, a que eu mais gostei foi essa aqui:


Essa foto foi tirada na casa da tia Lu, de onde tenho lembrancas incriveis. A "casa da praca" como ate hoje elas se referem. Uma casa enorme pra um adulto, magina entao na concepcao de uma crianca! Lembro de tantos detalhes desse lugar que ate sonho que estou visitando novamente, passando a mao pelas paredes, sentindo as pastilhinhas da beira da piscina sob meus pes. Nessa foto estao tia Lu e a Dada, com seus maios ultra sensuais haha e meus primos, penso que seja o Ze e o Fabio. Nao sei o ano, nao sei nem se tinha nascido. Uma foto boba, de um momento qualquer, mas de plena felicidade.

Nao repare, pode ser que eu esteja sensivel demais.

Meu irmao foi o primeiro a comentar essa foto no face:
"Porque sera que as rodrigues tem essa mania de ficar boiando?"

E so entao eu me liguei porque eu gosto de mar calmo, sem ondas. Tai sua explicacao marido. Desde sempre aprendi a boiar com as mestras no assunto (insira aqui sua piadinha infame sobre o que mais boia). Minhas tias e mamae so entravam no mar quando estava calminho. Eu amava entrar junto com elas, ficar boiando na marolinha, ouvindo o barulho debaixo da agua.

E nao tem uma vez que eu faca isso e nao me lembre delas.

E foi por isso que essa foto me fez chorar <3

sábado, 18 de junho de 2011

The baseballs

Minha nova banda favorita gente.

Magina que eles pegam aquelas músicas escrotas de rihanna e companhia e consertam! Claro que a letra continua a mesma bosta, mas o ritmo, quanta diferença! Rockabilly neles!

Fora que são uns gostosos fofuchos com essa risadinha de lado a la Elvis.

Assista. Duvido você não dar uma dançadinha =)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

o dia em que me casei

Como inaugurei este blogue alguns meses depois de me casar, acho que nunca contei pra vcs nada sobre o dia do meu casamento né? Pois foi um dia diferente polêmico na vida de muitas pessoas, não só na nossa.

Meu casamento não foi nada tradicional. Se já fomos desconjurados criticados por não casar na igreja, imagina por casar num restaurante Mongol. Sim, colegas, isso mesmo. A decoração do salão era composta por muitas flores, velas, estátuas, um gongo, garrafas e retratos do lindo (sic!) povo mongol. O grande chamativo era a chapa gigante no meio do salão. Porque lá é assim, as comidas cruas ficam expostas no buffet. Você vai enchendo sua cumbuquinha de ingredientes e temperos e joga tudo na chapa pra cozinhar. É muito muito muito bom, mas chocou algumas pessoas.

Entrei no salão ao som do tema do De volta para o Futuro. Hell yeah! Foi emocionante e super combinou. Só não combinou com a velocidade com a qual meu pai me conduziu; ele tava quase parando e não chegou nem perto das 88 milhas por hora. O padre que nos casou estava com a manga da batina super grande, que quase pegou fogo na vela (no vídeo dá pra perceber que conforme o padre estica o braço com o microfone eu fico de olho na manga pra ver se não pega fogo haha). Velas que o fotógrafo derrubou no chão e meu pai saiu chutando no meio da cerimônia, enquanto cumprimentávamos os padrinhos. É um cara discreto meu pai.

A partir daí eu me lembro de tudo em flashes...eu não me recordo de ficar bêbada, mas de fato não apareci uma vez sequer depois do sim sem a tacinha de pró seco na mão. Vai saber. Enfim. A maioria das pessoas com potencial pra encher a lata no dia do meu casamento de fato encheu. Mas só uma pessoa passou mal de desmaiar. E essa pessoa, colegas, foi minha mãe. Diz ela que bebeu apenas uma tacinha. Mas acho difícil de acreditar depois de ver uma distinta senhora de 50 anos sair carregada do salão pelo próprio filho caçula.

Outros highlights da festa: quem pegou o buquê foi uma "convidada" que foi de bicão (e levou mais 3 amigas pra fazer uma boquinha). Imaginem minha felicidade. Descobri nesse dia que shot de tequila dispara minha enxaqueca. Sorte que levei meu remedinho no sutiã e ela não progrediu. Fiz um bolo que sumiu. E o bolo do buffet também não foi servido. Não tive noite de nupcias; dormi na sala da casa da minha mãe com minha cunhada, o Bruno e meu marido, depois de remover da cabeça dela 4.356 grampos. Fui pra Buenos Aires algumas horas depois sem me despedir da mamãe, que ainda estava de ressaca no quarto. Por muito tempo ela achou que tinha arruinado o dia do meu casamento. Mal sabe ela que dei e ainda dou (aliás todo mundo dá) muita risada da veleeeenha chapando o côco.

Foi um dia muito feliz.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

David Jorge

Estou amando David Bowie, tenho escutado muito. Minha música favorita é Changes, dá vontade de dançar e a letra diz muito sobre mudanças que acontecem na nossa vida, queiramos ou não. Eu também gosto muito do Seu Jorge. Mais da pessoa do que do estilo musical com o qual ele se consagrou. Mas a voz dele é gostosa demais e o cara é um puta ator.
O que tem os dois a ver? Pelo youtube descobri que seu jorge fez 20 versões das músicas de David Bowie em português. Todas boas. E a que eu mais gosto, aqui. AMEI.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sobre gentileza

Eu sou da opinião que gentileza gera gentileza. Era pra ser uma via de mão dupla, mas nem sempre é assim. Não porque você não receba a gentileza de volta. Mas porque às vezes outras pessoas tentam ajudar mas só atrapalham.

Uma vez, num domingo, estávamos na Radial Leste e um cara no carro do lado pediu indicações de como chegar na Anhembi Morumbi. Era só ir reto, mas pela pista da direita. "Super fácil amigo, fique sempre à direita e daqui há algumas quadras, quando você enxergar um prédio grande entra à direita e pronto". Simples, não?
Pois é, só que tinha um outro prédio grande antes do prédio da Anhembi e o coitado pegou o viaduto que dá direto no Largo da Concórdia. Agora visualiza: domingo à noite, Largo da Concórdia.

Aposto que o colega tá me xingando até hoje.

Meu tio (o espanhol) tem um carrão super bacana. Os retrovisores só funcionam pelo controle interno. Quando ele está parado no trânsito, em pistas estreitas, ele fecha os espelhos pra não dar mole pra motoboy. Daí um dia ele estava com os vidros fechados, trânsito, espelhos fechados. O motorista do lado, tão gentil, que tava num carro alto, começou a sinalizar pro meu tio, avisando que o retrovisor tava fechado. Meu tio gesticulou com um joinha e acenou, agradecendo. Daí que o cara se põe quase metade do corpo pra fora da janela, pega o retrovisor do meu tio com as duas mãos e força o treco até a posição de encaixe. TEC TEC TEC TEC. Meu tio gritou e assoviou e gesticulou feito louco de dentro do carro. Mas o trânsito andou e o cidadão gentil que quebrou o espelho dele deve estar se sentindo orgulhoso de si mesmo até hoje. Magina, deve ter chegado em casa e falado pra esposa e filhos: "Papai fez uma boa ação hoje, ajudou um velhinho no trânsito que nem percebeu que tava com os retrovisores fechados".

E a família festeja.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

do espanhol

Meu tio é Espanhol, se mudou pra cá ainda criança, mas mantém o portunhol sotaque e toda aquela mistureba de línguas parecidas. E dentre todas as confusões entre esses dois idiomas, a maior delas certamente é entre o V e o B. Porque o espanhol pronuncia o vê como bê. Então abelha vira avelha. E velha vira belha, o que já gerou muita confusão.
Uma vez ele foi na padaria, apoiou o cotovelo no balcão e levou uma picada de abelha. Ficou se lamentando e um amigo que foi encontrá-lo perguntou o que aconteceu. O diálogo foi mais ou menos assim (coloquei acentos para fins de efeitos sonoros e substituí as letras pra ilustrar melhor o nonsense desse diálogo):

- Ai! Puta que o parió!
- Que foi Diego!
- Una avêlha me mordiô!
- Uma velha????
- É, una avêlha me mordiô!
- Onde?
- No cotobelo!
- Uma velha te mordeu no cotovelo???
- Non! Non una belha, una avêlha! La avêlha que boa! (e faz sinal de asinhas batendo)
- A velha era boa!?!

Não entendeu nada? Nem o colega dele, aposto. hahaha

sexta-feira, 13 de maio de 2011

vida nova!

Tava aqui pensando que nem falei sobre o fim do desafio Band News, e nem agradeci, que vergonha. Mas vamos lá.

Como vocês já sabem (ou deveriam saber) fui selecionada para participar do desafio Band News em forma. Foram 3 meses de acompanhamento nutricional, reeducação alimentar e atividade física. E olha, sem sacanagem, que delícia que foi gente.

Essa que vos fala está oito quase dez quilos mais magra, com menos 15 cm de barriga, muitas calças largas e novos hábitos. Depois de pouco mais de 1 mês do término do desafio vou caminhando quase todo dia pra loja e consegui manter a linha na alimentação dizendo adeus aos maus carboidratos, gorduras e açúcar. Só digo um alô pra eles na TPM e no final de semana que né, ninguém é de ferro.

E não parou por aí. Ganhei novos e queridos amigos - Rosane, Daniel, Edu, Amanda e uma cunhada Maiara - e conheci um montão de gente da qual já era fanzoca: Megale, Renata, Wessel, Marcelo Duarte, Cássia, entre outros.



Muito, muito, muito obrigada ao pessoal da band por tudo isso.

Depois de um 2010 preguiçoso,  a vida me presenteou com um 2011 que tem sido fantástico, que pode ficar melhor ainda.

domingo, 8 de maio de 2011

Mamãe

Quando eu era pequena, minha mãe tinha um cheiro gostoso de sabão em pó e amaciante. Meu rosto batia exatamente na sua barriga que ficava úmida de lavar roupa. Enquanto ela estendia as roupas no varal (os prendedores ficavam presos na barra da camiseta, achava o máximo) eu ficava brincando entre os lençóis. Eu ia com ela na feira pra ganhar pastel e caldo de cana. E uma vez voltamos com duas codornas, vivas, claro, que devem ter vivido por uns dois dias? haha Lembro do mingau de chocolate. Das festinhas de aniversário com bolo em formato de coelho. De quando ela fazia os geladinhos mais gostosos do prédio. Dela gritando nosso nome pela janela quando era hora da janta. Do som da máquina de costura e de como ela ficava brava quando eu sumia com seu centímetro. Lembro dela rindo. Lembro dela chorando.

Hoje minha mãe tem cheirinho de perfume. Meu queixo bate no alto da sua testa e seu cabelo é cheiroso. Eu ainda adoro ir na feira, mas não como mais pastel (pelo menos antes do meio dia) e caldo de cana então, nem pensar. Codorna na feira hoje em dia, só depenada e pronta pra cozinhar. Meu mingau de chocolate não fica tão bom como o dela. Fazer bolo em formato de qualquer coisa virou minha profissão. Já comprei saquinhos de geladinho mas nunca usei. Eu que a chamo pra almoçar aos domingos (alguns). Hoje ela só chora de emoção e ri muito mais.

Coisas que vou me lembrar até ficar velhinha.

Te amo velenha.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sobre telefones

Uma das minhas manias ao telefone já foi percebida acho que por todas as pessoas que alguma vez já falaram comigo no telefone.

A despedida comum ao telefone funciona em 6 passos:

1 - ...então tá.
2 - Então tá bom.
3 - Um beijo!
4 - Beijo!
5 - Tchau.
6 - Tchau.

Eu simplesmente junto os passos 4 e 5, mando um beijotchau e desligo. Às vezes (mentira, quase sempre) escuto a pessoa do outro lado da linha tentando perguntar uma coisinha a mais mas daí já foi. A verdade é que já falo o beijotchau com o telefone fora da orelha, confesso. Se alguma vez você já se sentiu ofendido com isso, supere desculpe, mas não é de propósito =)

Outra mania que percebi hoje - quando eu ligo pra algum número errado e alguém atende:

- Por favor a fulana.
- Não tem ninguém com esse nome.
- Desculpa então.

Desculpa então. Desculpaentão. Desculpintão. E morro de vergonha da pessoa do outro lado da linha.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

beijoqueira

Tenho ido a pé pra loja, né, preciso continuar me exercitando.

Normalmente eu vou escutando música, quando eu me lembro de carregar o ipod. Quando eu vou em silêncio só penso besteira.

Vou pensando na vida, tudo e todos. Daí lembro de alguma coisa engraçada. Dou risada sozinha. Aí percebo que estou sozinha. E fico com vergonha porque né, quem é que anda sorrindo na rua feito besta?

Eu.

Além de andar sorrindo pela rua eu também falo com gatos e cachorros fofinhos que cruzam meu caminho. Com voz de neném. Que mico.

Daí você pensa que né, pior que isso não fica.

Pois aí que se enganam colegas. Ontem mesmo passei por uma casa e um cachorro latiu. E eu mandei um beijo pro cachorro. Um beijo. PRO CACHORRO.

Tá fácil não.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

demorô

muita vergonha de passar tanto tempo sem atualizar o blog. 

mas vocês entendem né? 

se serve de consolo tenho trabalhado num post fazer dias e não consigo terminar. 

além do mais, tenho mais um blog pra atualizar, e vocês, para acompanhar. visitem!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Diferenças

Eu ganhei um ipod touch do marido esses dias, e agora a gente usa um aplicativo que funciona como um nextel. Quando um dos lados não tem conexão com a internet e você chama a pessoa, a mensagem fica gravada e você ouve na próxima vez que conectar.

Daí que fofa como eu sou, deixo várias mensagens pro marido. Te amo seu lindo e por aí vai.

Ele também me deixa mensagens.

Hoje, por exemplo, quando conectei ele tava fazendo o grunhido do filme do japinha mucho loco, o grito sabe? (clique aqui pra ouvir). Que meigo.

Logo em seguida, outra mensagem. Pensei que né, agora ele vai falar algo bem lindo.

Daí escuto a voz do assassino do pânico dizendo: Hello Sidney.

Ai gente, só amando muito viu.

terça-feira, 29 de março de 2011

adeus kika

Daí que a Kika morreu gente. Quietinha na sua cama. Ela já tava sofrendo há um tempo; ficou muito ruim, quase se foi, depois se recuperou por alguns meses. Kika era tipos José Alencar do mundo felino. Minha mãe fez um post sobre ela tão bacana que eu vou deixar aqui pra homenagear essa gatinha que nos acompanhou por 18 anos.


"...meu coração ainda chama por ela e eu a procuro pela casa obedecendo ao hábito de verificar se ela está presa em algum armário, se não ficou na sacada, essas coisas que o gatos adoram fazer. 

Ela era amável, arisca, amorosa, indiferente, orgulhosa, confortável, macia. Tomava banhos de sol sistematicamente no mesmo horário pela manhã: deitada de lado, oferecia ao sol a barriga e as patas (nunca a cabeça). Ia recuando até que ficassem somente as pontas das patinhas. "




















tchau kika, e obrigada por ter nos escolhido pra viver sua longa vida.

PS: enquanto escrevo esse post recebo a notícia que José Alencar morreu. E que bom pra ele, que parou com esse sofrimento sem fim.

quarta-feira, 23 de março de 2011

almoço de família

Eu falo alto, sempre falei. Assim como todas as mocinhas e senhoras da minha família.
Fui educada dessa maneira, não posso evitar!

Daí o marido definiu com um comentário fantástico os almoços de domingo em família.

"Não parece que está uma em cada cômodo da casa?"

=)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Era uma vez

Era uma vez uma garota de 17 anos que só pensava em música e internet. Ela era fã número 1 do Oasis e passava horas e horas ouvindo os cds e olhando os posteres na parede, e passava as noites escondida da mamãe na internet discada batendo papo no ICQ (é normal ela ainda lembrar da id no ICQ?). Alguns dias antes do show do Oasis, essa garota (auto apelidada de supersonic), encontrou um outro fã de Oasis (auto apelidado de Destino) no chat do uol. Papo vai, papo vem, ela descobre que ele é baterista de uma banda cover da sua banda favorita. Ela vai ao show dele onde juda perdeu as botas e se apresenta. Ele fica tão atordoado que quase cai quando sai de trás da bateria (tá, na verdade ele tropeçou no fio, mas certeza que já estava apaixonado). Dias passam lentamente, eles se falam pelo icq. Eis que na véspera do show ela toma um cano da sua melhor amiga e fica sem companhia. Sua mãe não a deixa ir sozinha. Ela liga pro Destino e se convida pra ir com ele e seus amigos. Ele aceita e avisa que estará na fila a partir das 7 da manhã (sim, o show era só de noite). Eles se encontram, conversam, sentam juntos na calçada. Ela faz carinho na cabeça raspada dele. Ele se vira e eles se beijam. E ficam se beijando o dia inteiro. E todos os dias desde então.

Por 13 anos.

Te amo lindo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

mendigos e eu

Eu tenho medo de mendigos. Medo mesmo. Não sei como agir, atravesso a rua, pode me chamar de cagona preconceituosa mas é simples assim, medo. Mas não é assim, do nada. Eu tenho toda uma história com essas pobres pessoas marginalizadas pela nossa cruel sociedade. 

Tem o Badu. Ou melhor, tinha, porque ele morreu deusmelivremasgraçasadeus. Meu irmão e os amigos dele falavam que ele era bróder e tals, mas meu, o cara fazia questão de me aterrorizar na rua. Sei lá, acho que eu emito alguma vibração de pânico que só os mendigos detectam. Sempre bêbado de álcool zulu, ele gritava comigo na rua e por várias vezes me perseguiu falando coisas em linguajar mendiguês. Eu saia correndo apressava o passo sem olhar pra trás. Um dia minha mãe me contou: "filha, fui na padaria e derrubei uma torta de morango no Badu; ele foi muito gentil, viu?" AFE. Mas ele morreu atropelado, bêbado, obviamente. Fim da minha história com Badu, o mendigo. 

E tem o mendigo que me atacou. Eu pegava um fretado às 6h30 da matina diariamente. O ponto ficava próximo do ponto final de um ônibus de linha, onde o cobrador e o motorista se encontravam e ficavam papeando. Estava eu lá numa manhã fria esperando o fretado (que já tava atrasado) e passa um mendigo doidão me pedindo 10 reais. Falei que não tinha. Ele saiu andando me xingando e eu já fiquei com medo (cadê esse maldito fretado que não chega)? Emanei a vibração de pânico e como todo bom mendigo que se preze, ele detectou. Daí que eu escuto o motorista do ônibus gritando: CORRE CORRE CORRE * barulho de vidro quebrando*. O puto do mendigo me tacou uma garrafa que não me acertou por milímetros, mas voaram caquinhos no meu cabelo. Só então eu saí correndo pra dentro do busão dos colegas (seu tempo de resposta pra obedecer um desconhecido que te manda correr do nada não é assim tão rápido tá, caso você esteja se perguntando). E o motorista ainda ficou chamando o mendigo pra briga, eu falando moço, deixa quieto, deixa ele ir embora e morrer atropelado e pronto. 
E o fretado não passou nesse dia. Nem depois. E nem nunca mais. Era um fretado pirata, que foi apreendido.  

É o mundo conspirando a favor dos mendigos.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Beatles

Sabe que meu final de semana foi uma overdose de Beatles. Não que eu esteja reclamando, claro.

Fomos a um casamento super bacana no sábado em que a banda principal era um cover dos Beatles. Preciso nem dizer que foi fenomenal, me diverti horrores!

E agora acabei de voltar do teatro, fui ver a Cia Filarmônica tocar Beatles, pela segunda vez depois de alguns anos. Tava lotado, e cheio, cheio de adolescentes desfilando com cabelo Justin Bieber e camiseta abercrombie. Já rolou um mal estar logo de cara (sim gente, eu e o marido somos bem chatos) mas qual foi minha surpresa quando vi vários deles cantando, sabendo as letras de cor. Nem tudo nesse mundo está perdido, existe vida depois de Restart.

É isso. Agora estou aqui nesse final de domingo assistindo Mestres do Universo (He-Man versão filme) no meu sofá novo. Lindo, roxo, GIGANTE. E semana que vem é carnaval. Delícia.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Estréia

Agora que meu mundo parou de girar um pouco eu consegui parar pra escrever. Porque né, mudança que acontece aos poucos não tem graça nenhuma.

Depois da maior correria do mundo inauguramos nossa lojinha. Linda. Veio tanta gente querida que o espaço ficou pequeno pra tanto amor. Queria agradecer de coração todos que vieram nos prestigiar, a presença de cada um de vocês foi muito importante pra nós.

E estamos indo muito bem! Os visitantes adoram a loja, os móveis, os cupcakes. Alguns já até voltaram mais de uma vez.

E olha, você aí que está lendo o post, eu SEI que você ainda não apareceu. Estou esperando a visita viu?

Estou feliz =)







































Mais fotos no facebook.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

histórias cabulosas

Lavando os milhares de bules que vão decorar a loja, mamãe me disse que sempre que via um lembrava da minha vó. Minha mãe ainda era criança quando minha vó contou que uma vez sei lá quem foi beber o leite direto do bule e tinha uma barata dentro do bico e o conhecido bebeu a barata. Eu morri de dar risada e né, falei que era mentira, uma historinha inventada pras crianças não meterem a boca direto no bule. Mas minha mãe sempre acreditou nessa história, dizendo que naquele tempo tinha mesmo muita barata. E claro, nunca bebeu direto do bule.

Muita sacanagem dos adultos fazer esse tipo de terrorismo com as crianças. Porque é algo que você nunca mais esquece, nunca.

Eu sou facilmente impressionável. Magina então eu assistindo filme de terror quando criança. Uma vez vi um filme no qual sangue jorrava da privada e da pia. Morri de medo, e uma vez perguntei pra uma tia se isso era verdade. A tal tia, tão bacana ela, me disse que sim. Que se eu jogasse lixo ou qualquer coisa que entupisse a privada ou a pia ia jorrar sangue. MUITO sangue. Vocês podem imaginar o que isso faz com a cabeça de uma menina de 5 anos não? Pois é, por bons anos fui neurótica com essa história, e claro, nunca nunca joguei lixo na privada.

Essa é a parte em que eu digo que nunca faria isso com uma criança. Até lembrar que eu já fiz.

Passeando no guarujá com minha tia e minha priminha, na época com uns 5 anos. Ela foi por metade do caminho fazendo um barulho insuportavelmente chato com a boca, tipo tremendo o lábio, sabe? BRRRRRRRRRRRRRRRRR. Por um tempão. Eu já tinha pedido pra parar e claro, fui ignorada. Daí né, falei pra ela que se fizesse aquilo com a boca por muito tempo o beiço ia ficar frouxo. ELA PAROU NA HORA. Ficou passando o dedo pelo lábio, conferindo. Mas só me senti culpada mesmo quando ela perguntou pra minha tia se a boca dela tava normal.

Foi muito engraçado, mas ó, não prometo que não farei novamente =P

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Band news - post reeditado

Estou aqui reescrevendo o post pois recebi várias reclamações hahaha

Vamos lá:

Fui selecionada para participar do programa Band News em forma. É um desafio para tirar as pessoas do sedentarismo através da prática de caminhada e corrida. Junto com mais 4 ouvintes, a repórter ultra fofa Maiara Bastianelo e o âncora querido de todas as manhãs Luiz Megale, vou ao parque do ibirapuera 3 vezes por semana para treinar com a equipe do Marcos Paulo Reis, além de ter acompanhamento nutricional totalmente de grátis.

E quem diria que eu pegaria gosto em fazer exercício? Pois é gentê. Pleno domingo e eu debaixo de um sol de 78 graus, caminhando.

Tomando uma bronquinha do Marcos Paulo durante o passeio (mas sempre feliz, reparem)



















Participando do programa com Marcos Paulo Reis e Renata Veneri (quando o podcast tiver no ar eu coloco o link).
















E com a patota do desafio, da esquera pra direita, em pé - Cássia Godoy, Daniel, Eduardo, djo, Rosane. E agachadinhas: Amanda e a super ultra mega estonteante repórter da band news Maiara Bastianelo (agora gostou né bonita hehe).



















Foi cansativo, mas muito divertido. Conheci o Ari França (do filme Durval Discos, cráaaassico) que é super bacana, adorei adorei =D

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Pérolas da dona Zoca - parte 3

Já sabem né, que quando dona Zoca vem visitar sempre sai post no blog. Hoje quase tive um ataque de riso no carro. Estávamos falando sobre perfume; qual é bom, qual é ruim, que tal pessoa passa muito, etc. E dona Zoca sempre tão pertinente:

- Sabe quem que tem uma alergia terríiiiiivel de perfume?
- Quem?
- O Silvio.
- Que Sílvio?
- O Sílvio Santos, ora.

ÓBEVIO.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Velhos amigos

Quem conhece o marido sabe que ele só tem pose de durão. Sem querer fazer propaganda, mas ele é super  simpático, seja com amigos de longa data, seja com alguém que ele acabou de conhecer. Justamente por isso, ele é marcante na vida das pessoas com quem convive, mas nem sempre a recíproca é verdadeira. Perdi a conta de quantas vezes alguém já veio cumprimentá-lo e ele não tinha a mínima idéia de quem era. Isso acontece muito. E é sempre assim:

(Chega a pessoa animadaça) - Faaaaala Thiagãaaaaao, quanto tempo, como vc tá cara?

(e ele responde na mesma animação) - Nooooossa mano, como vc tá, faz tempo mesmo!!

(e eu pergunto) - Quem era esse?

(e ele SEMPRE responde) - Não tenho a mínima idéia.

Daí que estávamos caminhando no ibirapuera e um cara passou correndo e gritando - E AI THIAGÃAAAO - e ele respondeu já olhando pra trás - E AI CAAAARA. Eu eu como sempre perguntei quem era e ele como sempre respondeu que não tinha idéia. Ficamos tentando descobrir de onde era a pessoa quando de repente o cara surge correndo por trás da gente pra conversar. E o que seguiu foi essa conversa de louco:

- E aí Thiagão, como você tá cara?
- Tudo bem mano e você?
(daí ele resolve me apresentar)
- Mano, essa é a minha mulher que não tem nome né poha ai que ódio
(reparem que ele ainda não sabia quem era)
- Oi, prazer, tudo bem?
(e não se apresentou!! O marido já tava com uma carinha de desespero)
- Oi tudo bem? Eu tenho nome sou a Paula.
- Genézio (tá gentê, não é Genézio, mas não lembro mais o nome do cara).
(respiramos aliviados, pelo menos o nome já matamos; mas a conversa segue)
- E aí Thiagão, como tá o trampo, tá onde?
- Tô na IBM. E você Genésio, ainda tá lá?
(LÁ AONDE???)
- Então meu, saí fazem uns dois anos e voltei agora.
(PRA ONDE???)
- Sério mano? E o pessoal lá, mudou muita gente?
(ONDE ONDE ONDE)
- Ah, mudou bastante coisa lá na *whatever*.

Daí o marido respirou aliviado e a conversa ficou mais normal.
É isso que dá ser tão simpático e lindo e fofucho. É muito amor gente.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Era uma vez na Bahia

Hoje eu vi algumas fotos da festa do senhor do Bonfim em Salvador e me lembrei saudosamente do dia em que 3 amigos (eu inclusa) tiveram a infeliz idéia de trocar a praia do flamengo pela caminhada até a igreja do Bonfim.

Era um lindo verão no ano de 2006 e né, vamos participar dessa linda tradição do nosso povo. Ver a lavagem das escadarias, tomar um banho de água de cheiro, amarrar uma fitinha do bonfim nos portões da igreja. Tá.

Por motivos óbvios, não dava pra chegar de carro no local. Ah, vamos caminhando, se for muito longe a gente volta! Dito isso, eu que não queria ser a estraga prazer da história, topei. Estacionamos no porto (NO PORTO) e fomos a pé (A PÉ) até a igreja do Bonfim. Sabe o que são 10km andando a passo de tartaruga debaixo de um sol de 180 graus com 7564221 pessoas lindas e suadas e cheirosas te roçando? Não queira descobrir.

Éramos eu, o japa (meu amigo de meio metro) e o Brito (meu amigo da terceira idade). Como a gente ia só ver como era a parada, eu nem passei meu filtro solar, tive que cruzar a multidão pra comprar um na farmácia. O filtro só não deu conta, paramos pra comprar um chapéu e foi aí que a gente se perdeu do japa...

* vou fazer uma pausa pra dizer que japonês em salvador é raro que nem branquelo no senegal, por isso nosso japonês foi assediado pela multidão por várias vezes. As pessoas apontavam de longe sem acreditar que estavam vendo ao vivo uma pessoas de olhos puxados ( e meio metro de altura) *

...dito isso não sei se ele foi sequestrado nesse meio tempo ou se ficou dando autógrafos, mas enfim, nos encontramos novamente no meio do caminho. Depois de um sufoco danado e um banho de mangueira que nem sei de onde veio, chegamos à igreja. As escadarias já estavam lavadas, as poucas baianas que restavam tavam só o pó da rabiola e nem tinha mais água de cheiro. E ainda tinha a volta. Sede, muita sede. Parei pra comprar uma água no caminho. Paguei com 10 reais. Tinha troco. Troco que o baiano tirou DE DENTRO DA CUECA. Ficamos disputando quem pegaria o troco, afinal o dinheiro não era meu, mas não teve jeito. Dinheiro molhado. De suor. Do saco do negão do bonfim mano.

É sorte pro resto da vida gente.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Pele de cordeiro


Que coisinha mais fofa né? Mas não se engane caro leitor. Essa linda bolinha de pelos rasgou meu vestido que estava no varal, comeu minha árvore da felicidade e abriu a torneira da banheira (enquanto estávamos de férias). 

...mas tem como não amar?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

expressões em família

Minha família é toda trabalhada nos ditados e dialetos - em espanhol, por supuesto. Minhas tias e primos se matam de rir do marido que fica com cara de interrogação sempre que elas começam de conversinhas de lado e expressões ligeiras na outra língua, coisas que elas fazem há anos, desde que eu consigo me lembrar.

Tem uma expressão pra quando elas vão sair e não querem contar pra onde:

- Onde vocês vão?
E elas respondem pimponas:
- A contralofrailen.

Tá gente, eu escrevi igual como eu entendia quando era criança haha. O que elas falam mesmo é "voy a contar los frailes". Que por sua vez é uma forma curta de "voy a contar los frailes a ver se falta alguno". Que quer dizer "vou contar os frades pra ver se falta algum".
Ou seja, não pergunte onde vamos porque não te interessa seu pirralho.

Tem uma expressão pra quando você quer fazer algo e não pode porque não chegou sua hora, tipo na vida sabe? Como quando vc é criança e quer ficar na rua até 11 da noite.
"Cuando seas padre, comerás huevos." Traduzindo: quando for padre comerá ovos.
Ou seja, não enche o saco que vc não tem idade pra isso seu pirralho.

Fora as frases de efeito moral, que é dita quando a paciência já tá curta (mas as pequenas se acostumaram tanto que minha tia começa a frase e elas terminam em coro, muito fofas).
- Niña, ta te quieta.
- Se no vás a comer, no toques.
- Leche frita com tomate!

E por aí vai. Joguei algumas frases no google pra ver se tava escrevendo certo e achei este site sobre algumas expressões espanholas. A dos ovos tava lá. Interessante.