terça-feira, 27 de dezembro de 2011

sobre nosso natal

Daí que como todo ano, comemoramos o Natal na minha casa. Esse ano a turma aumentou um pouco, 17 pessoas na noite do dia 24 e 18 pessoas no dia 25. Tive que emprestar cadeiras da vizinha e usei até o último dos talheres (alguém teve que comer com garfo de sobremesa), mas foi tudo bem. A quantidade de comida era suficiente pra alimentar a população de toda uma cidade, por isso durou até o almoço de hoje. O salmão virou bolinho de bacalhau (só que de salmão), salada de macarrão e o pernil virou bolinho caipira.

Dona Zoca deu o ar da graça. Geint, minha avó não existe. Ela tem, entre muitas manias extremamente irritantes, a mania de CUTUCAR as coisas. Comidas, tecidos, objetos, animais de estimação. Virou sua marca registrada. Ela vai só com a pontinha do dedo (tipo o E.T. saca?), sorrateira, e cutuuuuuuuuca.

Meu pai levou salmão pra ceia, embrulhadinho em papel alumínio, pronto pra ir pro forno. Assim que ele colocou a assadeira na pia, ela já veio com o dedo em riste. E eu avisei, vó, não vai mexer que se essa porra rasga meu pai vai ter um xilique. "Ai mas eu só estava olhando". AHAM. Dali um tempo a assadeira pronta pra ir pro forno, a gente bobeou, ela cutucou.

E claro que rasgou o papel alumínio.

Nem preciso comentar que a briga entre os dois levou o mesmo tempo que o peixe levou para nascer, nadar correnteza acima, ser pescado, morrer, ser temperado AND cutucado pela dona zoca.

Outra coisa: dona zoca não entende ironia. Não entende, não adianta. Inocência, talvez. Enfim, lá pelas tantas alguém abordou o agradável assunto ~bicho de pé~ no meio da ceia de Natal. E né, nem preciso explicar que o bicho de pé virou BICHO DE PÉ, se é que vocês me entendem. Ela não entendeu. E acho que ainda está pensando porque todo mundo riu tanto enquanto ela falava:

"Eu já peguei bicho de pé várias vezes" ou "pro bicho de pé sair tem que cutucar a cabecinha" ou "tem gente no interior que faz força pra pegar o bicho de pé porque faz uma coceguinha gostosa".

Feliz Natal geint!

Um comentário:

Mimi disse...

Paulets, as avós são assim nascem e morrem inocentes...ou a gente é que é besta achar que sabe mais do que elas...rsrsrsr
Meu Natal também foi cheio de coisas de vó, inlusive as discussoes que as coisas de vó provocam. Enfim, coisa mais dilça,Natal em família ilia, ê!

Beijo