Daí que eu ainda não estou acreditando no show do Kiss. Foi algo tão fodástico que acho que um novo adjetivo deveria ser criado só pra descrever o que aconteceu. Foi muito emocionante, muito divertido. A começar pelas pessoas, uma viagem no tempo. Roqueiros de calça legging colada com estampa de zebra e cabelos gigantes repicados vieram diretamente dos anos 80 para matar a saudade. Muita gente de cara pintada (I wish I did) e muitos pais com seus filhos, ainda crianças.
Aí o show. É incrível ter feito parte dessa noite. Porque gente, essa banda tem 35 anos de carreira e nunca será esquecida. Além de tocarem um rock fudido e músicas que viraram hinos rockandrollísticos (!) fazem um show performático, cheio de efeitos visuais, explosões, fogo, brilho, chuva de papel, guitarra quebrada, fogos de artifício. Exatamente como era há 10, 15 anos atrás. Quatro marmanjos de cara pintada, roupas prateadas e botas de plataforma fazendo o clássico passinho. Gene Simmons (salvo a pessoa detestável que ele é na vida real) é incrível, com aquela língua ENORME, cuspindo fogo, babando sangue, voando até o alto do palco. Paul Stanley cantando divinamente, levou todo mundo ao delírio quando voou pela pista até um palco montado no meio da galera.
As melhores músicas foram tocadas no bis, que durou quase 1 hora. E depois que eles foram embora, o playback começou a tocar e a multidão foi indo embora, cantando alto: God gave rock'n roll to you, gave rock'n roll to you, put it in the soul of everyone...eu quase chorei. Não poderia pensar num desfecho mais perfeito.
E aí, quando nossos filhos virem na tv os documentários sobre uma antiga banda chamada KISS, que marcou gerações e fez do rock suas vidas, poderemos dizer: estávamos lá.
Cena do filme Detroit Rock City, enjoy.
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